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Backup e Recuperação de Desastres na Nuvem

Imagine que a nuvem é como um cofre ultra seguro, guardando todas as suas informações mais preciosas. É um lugar muito mais protegido do que manter tudo apenas no computador do escritório, não é mesmo? No entanto, mesmo o cofre mais moderno não está imune a certos riscos. Pense bem: e se alguém, sem querer, apagar um arquivo importante? E se um programa apresentar um erro e corromper um banco de dados? Ou, em uma situação mais rara, e se houver uma grande interrupção no data center daquela região específica? É aí que entram dois conceitos que são verdadeiros heróis anônimos do mundo digital: o Backup e a Recuperação de Desastres (ou DR, como também é chamado). Eles são a dupla dinâmica que garante que seu negócio não pare, não importa o que aconteça. Vamos pensar no Backup como o hábito de tirar fotocópias de todos os seus documentos importantes regularmente e guardá-las em uma gaveta diferente da original. Na nuvem, isso significa fazer cópias automáticas e periódicas de todos os seus...

O Futuro da Computação em Nuvem

Você já parou para pensar como a internet e a nuvem estão se tornando algo tão natural na nossa rotina, a ponto de quase nem percebemos que estão lá? É como a energia elétrica: você só lembra que ela existe quando acaba a luz. A nuvem está seguindo pelo mesmo caminho, e o futuro nos reserva uma experiência ainda mais integrada, suave e, de certa forma, "invisível". Vamos imaginar um carro que se dirige sozinho. Para tomar decisões em milésimos de segundo, como frear para evitar um pedestre, ele não pode depender de enviar dados para um data center do outro lado do país e esperar a resposta. A demora, por mínima que seja, poderia ser crítica. É aí que entra uma tendência poderosa: a computação na borda, ou "edge computing". Em vez de tudo ir para a nuvem central, o processamento de dados acontece bem mais perto de onde a ação está — no próprio carro, em um semáforo inteligente ou no seu celular. É como ter um assistente pessoal que resolve as coisas na hora, sem prec...

Infraestrutura própria ou na nuvem

Considere o caso de uma empresa que precisa executar uma aplicação de mineração de dados. A execução vai durar 20 meses e requer 8 servidores. A empresa pode montar sua própria infraestrutura ou alocar os servidores virtuais na nuvem. No primeiro caso, a empresa teria que arcar com a compra dos servidores que custam R$ 6.000 cada e também com manutenção da infraestrutura que custaria R$ 2.500 por mês para gastos com equipe técnica e refrigeração do ambiente. Se optar por um usar um provedor de serviços em nuvem, a empresa tem opção de alocar servidores virtuais de capacidade compatível pelo valor de R$ 600 por mês cada. Qual opção representa a solução de menor custo para a empresa? E se o prazo do projeto mudasse para 24 meses? Resolução da situação-problema O custo de manter a infraestrutura própria consiste em adquirir 8 servidores por R$ 6.000 cada, mais um custo de operação mensal de R$ 2.000 por 20 meses. Isso equivale a um total de R$ 98.000 de custo de execução do projeto. O cus...

Especialista em computação em nuvem

O profissional que deseja atuar no desenvolvimento e gerenciamento de aplicações e serviços em nuvem deve conhecer bem não apenas as tecnologias e os modelos de serviço, mas também os modelos de tarifação. Para qualificação dos profissionais, a maioria dos provedores oferece programas de treinamento e certificação em diversas áreas de atuação no contexto do paradigma de computação em nuvem. • Por exemplo, o provedor AWS estabelece três papéis principais de atuação na área de computação em nuvem: arquiteto de soluções em nuvem, desenvolvedor de software para nuvem e administrador de sistemas (AWS, 2019b).  • O arquiteto é o profissional com habilidades técnicas para elaborar o projeto de sistemas escaláveis e altamente disponíveis na nuvem. • O desenvolvedor é o profissional capaz de implementar serviços e aplicações eficientes em ambientes de computação em nuvem.  • O administrador de sistemas é o profissional responsável por gerenciar a operação das soluções. Ele deve possuir...

Mecanismos de monitoramento

Em resumo, os provedores tarifam o acesso a software como serviço por meio de plano de assinaturas ou em função do número de requisições e tarifam plataforma ou infraestrutura como serviço em função do tempo de uso de recursos computacionais. De qualquer forma, os provedores precisam implementar mecanismos de monitoramento de uso dos serviços em nuvem (ERL; PUTTINI; MAHMOOD, 2013). Esses mecanismos servem para contabilizar de forma minuciosa as requisições e tempo de alocação de recursos por parte dos clientes. As informações resultantes são utilizadas principalmente para determinar o valor a ser cobrado de cada cliente, e também servem para análise e otimização da utilização dos recursos. Em geral, os provedores de computação em nuvem oferecem uma interface web por meio da qual os clientes podem gerenciar o uso dos serviços disponíveis. Essas ferramentas também incluem várias funcionalidades relacionadas com o gerenciamento de custos como: consulta do preço dos serviços utilizados; ve...

Gerenciamento de custos

Em geral, aplicações em nuvem (SaaS) são utilizadas por usuários finais. A cobrança por esses serviços é, tipicamente, na forma de uma assinatura, com pagamento mensal ou anual. Por outro lado, serviços IaaS e PaaS são utilizados por empresas ou profissionais de TI e o cálculo do preço associado a esses serviços envolve diversas variáveis (SOUSA; MOREIRA; MACHADO, 2009). Pesquisas de mercado recentes mostram que o principal desafio no uso de serviços em nuvem é o gerenciamento de custos (DIGNAN, 2019), sendo isso uma maior preocupação até em relação aos aspectos de segurança. O gerenciamento dos custos de serviços em nuvem é uma tarefa difícil, uma vez que o cálculo do custo total envolve várias métricas e os preços dos recursos computacionais podem variar de acordo com a localização da infraestrutura ou a forma de tarifação (RODAMILANS, 2014). Além disso, as empresas podem utilizar serviços de diferentes provedores para implementar uma solução, o que caracteriza um cenário denominado ...

Provedores

Considerando os provedores de nuvem pública de serviços de infraestrutura e plataforma (IaaS e PaaS), podemos mencionar a AWS (Amazon Web Services), o Microsoft Azure e o Google Cloud Platform (RANGER, 2019). Em se tratando de soluções corporativas de software como serviço (SaaS), podemos citar a Microsoft Salesforce, Adobe, Oracle e SAP (COLUMBUS, 2018). É importante mencionar que a Salesforce, pioneira em software coorporativo em nuvem, também mantém o Heroku, um provedor PaaS, assim como o Openshit da Red Hat e o Cloud Foundry, que é uma plataforma livre originalmente criada pela VMWare e hoje mantida pela Cloud Foundry Fundation. O Quadro 2.3 apresenta um resumo dos principais provedores e respectivos serviços. Modelo de Serviço Provedor Exemplo de serviço ou produto IaaS AWS (AWS, 2019c) AWS Elastic Cloud Computing (EC2): máquinas virtuais (AWS, 2019e). Microsoft Azure (AZURE, 2019) Azure Virtual Machines: máquinas virtuais (AZURE, 2019c). Google Cloud Platform (GOOGLE, 2019) ...

Provedores de computação em nuvem

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Caro aluno, vamos começar mais uma etapa de nosso estudo sobre as tecnologias e soluções empregadas nos provedores de computação em nuvem. Um dos aspectos mais importantes no momento de criar uma aplicação na nuvem ou de migrar para a nuvem uma aplicação já existente é a estimativa dos custos dos serviços. Você conhece os modelos utilizados pelos provedores para determinar os preços dos serviços? Já aprendemos que uma das características da computação em nuvem é o pagamento baseado no uso. Mas quais são as métricas utilizadas para contabilizar uso dos recursos de TI? Para entender melhor esses tópicos, vamos pensar que você é um analista de TI em uma empresa que mantém uma aplicação web de comércio eletrônico. Sua responsabilidade é coordenar o processo de migração dessa aplicação para um provedor de nuvem pública, com isso, a empresa espera reduzir os custos e incrementar a escalabilidade da aplicação. A melhor solução seria usar serviço no modelo IaaS, com virtualização baseada em co...

Resolução da situação-problema

Para entendermos qual tecnologia escolher em cada situação, é fundamental primeiro compreender a diferença básica entre as duas principais formas de virtualização: as Máquinas Virtuais (VMs) e os Contêineres. Imagine que você precisa construir duas casas. A Máquina Virtual é como construir uma casa completa, desde a fundação até o telhado, dentro de um outro terreno maior. Ela tem suas próprias paredes, encanamento e fiação elétrica, sendo totalmente independente do terreno onde está. Na informática, essa "casa completa" é o próprio sistema operacional (como Windows ou Linux) que a VM carrega dentro de si. Isso a torna mais segura e isolada, mas também muito "pesada", pois carrega todo esse conteúdo extra. Já os Contêineres são como casas pré-fabricadas ou contêineres habitacionais que são colocados em um mesmo terreno compartilhado. Todas elas usam a mesma infraestrutura do terreno: a mesma água, a mesma energia e a mesma estrada de acesso. Elas são extremamente le...

Nível de virtualização

Imagine que você está ajudando uma empresa a lançar um novo aplicativo, como um "Trello" ou "Asana" da vida, focado em ajudar pequenos negócios a organizarem suas tarefas em equipe. O coração desse sistema bate em dois lugares: um serviço web (o cérebro que processa tudo) e um banco de dados (a memória onde todas as tarefas e informações ficam guardadas). A empresa tem uma grande expectativa de sucesso e já escolheu uma grande nuvem pública para hospedar tudo isso, mas agora surge a dúvida: como implantar cada parte dessa estrutura da melhor forma possível? O provedor oferece basicamente duas opções de serviço: PaaS e IaaS. Para decidir, precisamos entender um conceito fundamental: o nível de virtualização. Pense na virtualização como uma forma de criar "espaços separados" dentro de um único computador físico gigante da nuvem. Dois dos métodos mais comuns para criar esses espaços são as  Máquinas Virtuais (VMs)  e os  Contêineres . A diferença principal en...

Arquitetura Orientada a Serviços (SOA)

E para que todos esses recursos possam ser acessados de forma ampla e fácil, de qualquer lugar, foi fundamental o desenvolvimento de um jeito diferente de pensar a arquitetura de software: a Arquitetura Orientada a Serviços, ou SOA. Imagine que, em vez de construir um grande sistema único e engessado, nós quebrássemos todas as suas funcionalidades em pequenos serviços independentes, como peças de Lego. Cada serviço faz uma coisa específica e faz bem feito. A grande vantagem é que esses "tijolinhos" podem ser reutilizados inúmeras vezes para formar diferentes aplicações, sem precisarmos reinventar a roda a cada projeto novo. O principal objetivo dessa ideia é permitir que aplicações completamente diferentes, feitas em linguagens distintas e rodando em sistemas operacionais diversos, possam se conversar e trabalhar juntas sem problemas. Para que essa conversa funcione, os serviços precisam se comunicar de uma forma padrão, universal, que todos entendam. Foi aí que surgiram os S...

Contêiner de aplicação

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Um modelo alternativo à virtualização baseada em hypervisor é a virtualização baseada em contêiner, que ocorre no nível do sistema operacional (BACHIEGA; SOUZA; BRUSCHI, 2017). Neste caso, um conceito importante é o contêiner de aplicação (Application Container) que pode ser entendido como um componente de software autossuficiente, no sentido em que ele encapsula uma aplicação e todas as suas dependências (como bibliotecas, arquivos de configuração, etc.) (SILVA, 2017). Diferentemente de uma máquina virtual, o contêiner não inclui um sistema operacional. Na verdade, o sistema operacional do servidor é compartilhado entre os contêineres em execução. A Figura 2.2 ilustra o esquema de contêineres em um servidor físico. Com uma ferramenta de gerenciamento de contêineres (container engine), pode-se instanciar vários contêineres em uma única máquina física. O hardware e o sistema operacional dessa máquina são compartilhados entre os contêineres (SILVA, 2017). Reflita Os contêineres são ampla...